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Memorando de Segurança Nacional em IA: Estratégia dos EUA e Competição Global de Inteligência Artificial

O Memorando de Segurança Nacional sobre Inteligência Artificial (IA), assinado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em 24 de outubro de 2024, é uma medida estratégica para manter a liderança global dos EUA em IA, com foco em segurança nacional e aplicações de defesa. A estratégia visa consolidar uma governança ética e proteger infraestrutura crítica. No entanto, os EUA enfrentam uma competição acirrada de outras potências, como China, União Europeia e Rússia, cada uma buscando maximizar o uso da IA em benefício de seus interesses geopolíticos.

Principais Objetivos e Diretrizes do Memorando dos EUA

Fortalecimento da Segurança Nacional e Proteção Tecnológica com IA

    Competitividade Global e Atração de Talentos em Inteligência Artificial

      O Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, diz que Washington é “totalmente capaz de administrar essa tensão saudável” em relação à governança global de IA. Foto: Reuters

      Parcerias Globais e Governança Internacional para Inteligência Artificial

        Panorama Internacional da Competição em Inteligência Artificial

        China: Liderança em Inovação e Vigilância com IA

        A China estabeleceu uma estratégia nacional de IA desde 2017, buscando superar os EUA até 2030. O governo chinês utiliza a IA para segurança pública e controle social, integrando tecnologias de reconhecimento facial e vigilância em massa. Parcerias com gigantes de tecnologia, como Baidu e Tencent, impulsionam o desenvolvimento de IA com foco militar e cibersegurança​.

        União Europeia: Governança Ética e Centrada no Humano para IA

        A União Europeia (UE) prioriza uma abordagem ética para IA, com o AI Act estabelecendo padrões para proteção de direitos de privacidade e mitigação de riscos. A UE, embora sem o peso tecnológico dos EUA e China, busca definir um padrão global para IA responsável. Um desafio importante é coordenar essas políticas entre seus Estados-membros enquanto compete por talentos no setor​.

        Rússia: IA Focada em Aplicações Militares e Robótica Autônoma

        A Rússia aposta na IA para aumentar sua capacidade militar, com investimentos em veículos autônomos e robótica para defesa. O país desenvolve tecnologias específicas para manter a superioridade militar, apesar das limitações em infraestrutura e inovação comparado a outras potências. Projetos apoiados pelo governo visam garantir avanços em conflito e segurança nacional​.

        Desafios para os EUA na Competição Global pela Inteligência Artificial

        A “corrida pela IA” apresenta implicações geopolíticas profundas. Os EUA enfrentam o desafio de inovar rapidamente sem abrir mão de princípios éticos, enquanto competem com nações que têm abordagens menos restritivas.

        Para conter o avanço de adversários, os EUA implementam “choke points”, expressão em inglês que significa pontos de estrangulamento ou pontos de bloqueio, que limitam o acesso a tecnologias de ponta, como semicondutores avançados​. Ao defender valores democráticos na aplicação de IA, os EUA buscam consolidar uma vantagem estratégica e ética.


        Tabela Comparativa das Estratégias em Inteligência Artificial nas Principais Potências

        PaísAbordagem em IAFoco de InvestimentoDesafios
        EUADesenvolvimento ético e seguroDefesa nacional, semicondutores, atração de talentosManter a competitividade e ética
        ChinaUso estratégico e militarVigilância, IA militar, controle autônomoQuestões de privacidade e direitos humanos
        UEGovernança ética e centrada no humanoRegulação de IA e proteção de direitosCoordenação interna e falta de grandes players
        RússiaIA para superioridade militarVeículos autônomos e robótica para defesaLimitação de recursos e inovação de ponta
        Tabela resumo

        Conclusão

        O Memorando de Segurança Nacional dos EUA reflete uma estratégia voltada para a manutenção da liderança global em inteligência artificial, enquanto enfrenta desafios de grandes concorrentes como China e Rússia. Com diretrizes que promovem a segurança, governança ética e resiliência de sua cadeia de suprimentos, os EUA estão traçando um caminho para uma IA que fortaleça tanto a inovação quanto a segurança nacional. O sucesso desta estratégia dependerá de parcerias globais e de uma abordagem responsável para inovar em um cenário de intensa competição.


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